Friday, February 22, 2008
Tuesday, February 19, 2008
Sons por Palavras
Sons and Daughters - This Gift
Aos primeiros acordes de “Gilt Complex”, música de abertura de This Gift , a adrenalina começa a correr-nos nas veias. Rock despretencioso, sem desejo de ser original, como se a voz de Adele Bethel nos quisesse dizer que aqui a obsessão não é a de soar diferente, mas sim de soar a energia e frescura. Aliás, quase todo o álbum consegue manter a homogeneidade a nível criativo, com uma ou outra excepção. Penso mesmo que sem duas ou três canções (“Iodine”, “The bell” e “Goodbye Service” não trazem consigo nada de verdadeiramente relevante) este disco poderia tornar-se mais coerente.
Oriundos da Escócia, ao terceiro álbum os Sons & Daughters atingem a emancipação. Tendo como companheiros de lides nomes como os The Bravery, Franz Ferdinand ou Kaiser Chiefs, podem agora sentir-se no mesmo patamar que eles.
Guiados pela voz e presença de Adele, que parece deambular entre a postura de uma menina de boas famílias, bem comportadinha, e a de uma obscura e sexy “riot girl”, a banda consegue afirmar o seu perfil alternativo.
Rock e pop, Clash e The Smiths, Yeah Yeah Yeahs e PJ Harvey, um pouco de tudo isto vai desfilando por This Gift. Os singles já tirados do álbum (“This Gift” e “Darling”) são deliciosos. Simples tempero british sobre pop/rock directo. Pronto a servir.
As segundas vozes de “Split Lips”, “Rebel with the ghost” e “Chains” põem-nos a cantarolar uuh uuhs e la la las. Sabem bem. “The Nest” e “Flag” fazem-nos pensar rockeiramente; malhas simples, linhas de baixo directas, bateria a todo o vapor, vozes esforçadas.
Na sua maioria, estas músicas são dois, três minutos abrasivos, de respiração suspensa. Não é aqui que vamos encontrar novas epopeias musicais é certo, mas para quem procura apenas música pela música, sem pretensão de descobrir a “next big thing”...bateu à porta correcta.
Oriundos da Escócia, ao terceiro álbum os Sons & Daughters atingem a emancipação. Tendo como companheiros de lides nomes como os The Bravery, Franz Ferdinand ou Kaiser Chiefs, podem agora sentir-se no mesmo patamar que eles.
Guiados pela voz e presença de Adele, que parece deambular entre a postura de uma menina de boas famílias, bem comportadinha, e a de uma obscura e sexy “riot girl”, a banda consegue afirmar o seu perfil alternativo.
Rock e pop, Clash e The Smiths, Yeah Yeah Yeahs e PJ Harvey, um pouco de tudo isto vai desfilando por This Gift. Os singles já tirados do álbum (“This Gift” e “Darling”) são deliciosos. Simples tempero british sobre pop/rock directo. Pronto a servir.
As segundas vozes de “Split Lips”, “Rebel with the ghost” e “Chains” põem-nos a cantarolar uuh uuhs e la la las. Sabem bem. “The Nest” e “Flag” fazem-nos pensar rockeiramente; malhas simples, linhas de baixo directas, bateria a todo o vapor, vozes esforçadas.
Na sua maioria, estas músicas são dois, três minutos abrasivos, de respiração suspensa. Não é aqui que vamos encontrar novas epopeias musicais é certo, mas para quem procura apenas música pela música, sem pretensão de descobrir a “next big thing”...bateu à porta correcta.
Edgar Ribeiro (edribeiro@clix.pt)
A ouvir:
Darling
Gilt Complex
Sunday, February 17, 2008
Wednesday, February 13, 2008
Sons por Palavras
Blitzen Trapper - Wild Mountain Nation
Edgar Ribeiro (edribeiro@clix.pt)
Nascido em 2007, este “Wild Mountain Nation” é uma feliz descoberta neste início de 2008.
Rock puro entremeado de blues, de alcatrão,de country, de pó ferrugento, de southern rock; este disco revela-se um espasmo criativo, destilando uma estranha e lúcida harmonia e energia.
Ao terceiro álbum (a sabedoria popular costuma dizer que à terceira é de vez), os Blitzen Trapper oferecem-nos música não formatada pelos circuitos comerciais mais usuais. No tema que dá nome ao álbum, em “Country Caravan” e em “Wild Mtn. Jam” transportamo-nos para a pradaria americana, para logo de seguida “Miss Spiritual Tramp” e “Woof & Warp of the Quiet Giant’s Hem” nos darem a sensação de que chegamos do espaço interplanetário a uma quinta agrícola.
Em “Futures & Folly”, “Summer Town” e “Badger’s Black Brigade” sentimos que estamos a cantarolar à fogueira num qualquer acampamento na montanha, com direito a harmónica, céu estrelado e tudo o resto. E o genial “Devil’s A-Go-Go” é pura desconstrução atonal, tudo parece fora do sítio, tempo, afinação, compasso...e, no entanto, não conseguimos deixar de abanar a cabeça e de bater o pé ao som que nos entra pelos ouvidos.
Outras coisas também se conseguem ouvir por aqui, no puro prazer de descoberta que este disco proporciona. Ou como os próprios Blitzen Trapper dizem da mistura de coisas que confluem na sua música, tudo isto resultou numa “rica colheita: ossos empoeirados, nascer-do-sol, Philip K. Dick, Guernica, (...), flocos de neve, Scooby-Doo, Bigfoot”; tudo isto se encontra em Wild Mountain Nation.
Rock puro entremeado de blues, de alcatrão,de country, de pó ferrugento, de southern rock; este disco revela-se um espasmo criativo, destilando uma estranha e lúcida harmonia e energia.
Ao terceiro álbum (a sabedoria popular costuma dizer que à terceira é de vez), os Blitzen Trapper oferecem-nos música não formatada pelos circuitos comerciais mais usuais. No tema que dá nome ao álbum, em “Country Caravan” e em “Wild Mtn. Jam” transportamo-nos para a pradaria americana, para logo de seguida “Miss Spiritual Tramp” e “Woof & Warp of the Quiet Giant’s Hem” nos darem a sensação de que chegamos do espaço interplanetário a uma quinta agrícola.
Em “Futures & Folly”, “Summer Town” e “Badger’s Black Brigade” sentimos que estamos a cantarolar à fogueira num qualquer acampamento na montanha, com direito a harmónica, céu estrelado e tudo o resto. E o genial “Devil’s A-Go-Go” é pura desconstrução atonal, tudo parece fora do sítio, tempo, afinação, compasso...e, no entanto, não conseguimos deixar de abanar a cabeça e de bater o pé ao som que nos entra pelos ouvidos.
Outras coisas também se conseguem ouvir por aqui, no puro prazer de descoberta que este disco proporciona. Ou como os próprios Blitzen Trapper dizem da mistura de coisas que confluem na sua música, tudo isto resultou numa “rica colheita: ossos empoeirados, nascer-do-sol, Philip K. Dick, Guernica, (...), flocos de neve, Scooby-Doo, Bigfoot”; tudo isto se encontra em Wild Mountain Nation.
Edgar Ribeiro (edribeiro@clix.pt)
Wednesday, February 6, 2008
Friday, February 1, 2008
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