Sons and Daughters - This Gift
Aos primeiros acordes de “Gilt Complex”, música de abertura de This Gift , a adrenalina começa a correr-nos nas veias. Rock despretencioso, sem desejo de ser original, como se a voz de Adele Bethel nos quisesse dizer que aqui a obsessão não é a de soar diferente, mas sim de soar a energia e frescura. Aliás, quase todo o álbum consegue manter a homogeneidade a nível criativo, com uma ou outra excepção. Penso mesmo que sem duas ou três canções (“Iodine”, “The bell” e “Goodbye Service” não trazem consigo nada de verdadeiramente relevante) este disco poderia tornar-se mais coerente.
Oriundos da Escócia, ao terceiro álbum os Sons & Daughters atingem a emancipação. Tendo como companheiros de lides nomes como os The Bravery, Franz Ferdinand ou Kaiser Chiefs, podem agora sentir-se no mesmo patamar que eles.
Guiados pela voz e presença de Adele, que parece deambular entre a postura de uma menina de boas famílias, bem comportadinha, e a de uma obscura e sexy “riot girl”, a banda consegue afirmar o seu perfil alternativo.
Rock e pop, Clash e The Smiths, Yeah Yeah Yeahs e PJ Harvey, um pouco de tudo isto vai desfilando por This Gift. Os singles já tirados do álbum (“This Gift” e “Darling”) são deliciosos. Simples tempero british sobre pop/rock directo. Pronto a servir.
As segundas vozes de “Split Lips”, “Rebel with the ghost” e “Chains” põem-nos a cantarolar uuh uuhs e la la las. Sabem bem. “The Nest” e “Flag” fazem-nos pensar rockeiramente; malhas simples, linhas de baixo directas, bateria a todo o vapor, vozes esforçadas.
Na sua maioria, estas músicas são dois, três minutos abrasivos, de respiração suspensa. Não é aqui que vamos encontrar novas epopeias musicais é certo, mas para quem procura apenas música pela música, sem pretensão de descobrir a “next big thing”...bateu à porta correcta.
Oriundos da Escócia, ao terceiro álbum os Sons & Daughters atingem a emancipação. Tendo como companheiros de lides nomes como os The Bravery, Franz Ferdinand ou Kaiser Chiefs, podem agora sentir-se no mesmo patamar que eles.
Guiados pela voz e presença de Adele, que parece deambular entre a postura de uma menina de boas famílias, bem comportadinha, e a de uma obscura e sexy “riot girl”, a banda consegue afirmar o seu perfil alternativo.
Rock e pop, Clash e The Smiths, Yeah Yeah Yeahs e PJ Harvey, um pouco de tudo isto vai desfilando por This Gift. Os singles já tirados do álbum (“This Gift” e “Darling”) são deliciosos. Simples tempero british sobre pop/rock directo. Pronto a servir.
As segundas vozes de “Split Lips”, “Rebel with the ghost” e “Chains” põem-nos a cantarolar uuh uuhs e la la las. Sabem bem. “The Nest” e “Flag” fazem-nos pensar rockeiramente; malhas simples, linhas de baixo directas, bateria a todo o vapor, vozes esforçadas.
Na sua maioria, estas músicas são dois, três minutos abrasivos, de respiração suspensa. Não é aqui que vamos encontrar novas epopeias musicais é certo, mas para quem procura apenas música pela música, sem pretensão de descobrir a “next big thing”...bateu à porta correcta.
Edgar Ribeiro (edribeiro@clix.pt)
A ouvir:
Darling
Gilt Complex
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