Three - The End is Begun
No meio das bandas que actualmente despontam e dão cartas na área do moderno rock/metal progressivo baseado em agressivas e trabalhadas linhas de guitarra, os Three conseguem com este “The End is Begun” (quinto álbum do grupo) um lugar ao lado de nomes como os Dream Theater, por exemplo.
A sonoridade refrescante e original que a banda consegue atingir num meio nem sempre dado a grandes mudanças é um facto a registar, tanto mais que já não são nenhuns novatos nestas andanças, sendo o seu primeiro registo discográfico datado de 1998.
Apresentando um som polirrítmico onde sobressaem riffs rápidos e melódicos de guitarra acústica como em “The World is Born of Flame” e “The End is Begin” (que apresenta um cheirinho de guitarra flamenco) e uma percussão acente na dinâmica propulsora dos breaks da bateria lado a lado com poderosas linhas de baixo (“Battle Cry”;“My Divided Falling”), os Three não deixam de fora alguns dos tiques distintos do género, aparecendo também aqui as acrobacias vocais (“Shadowplay” e “The Last Play”, ambas com travo country) e as guitarras tipicamente heavy (“Serpents in Disguise” e “These Iron Bones”).
Na minha opinião, são mesmo as vocalizações demasiado doces (“Been to the Future” e “Bleeding Me Home” são disso exemplo) que se apresentam como o elemento menos forte da banda pois, apesar das inegáveis capacidades vocais, talvez falte a Joey Eppard um timbre mais forte e espesso para dar músculo às músicas.
Aqui a estrutura recorrente de quase toda a música actual “verso, refrão, verso, ponte, refrão” não se aplica automaticamente, embora os Three nunca deixem a faceta experimental atingir os limites, o que se constata na duração das músicas, que anormalmente para este tipo de som se mantêm quase todas na casa dos quatro minutos.
“All That Remains” é uma música harmoniosa e cativante, negra mas ao mesmo tempo encorajadora. Deixa-nos a trautear a melodia muito para lá da audição do tema. Já “Diamond in the Crush” é mais tipicamente rock, suportada por uma base rítmica galopante que permite às guitarras assumirem o papel principal. Em “Live Entertainment” descobrimos uma piscadela de olho a públicos não tão sintonizados com com este tipo de música e somos presenteados com uma música linear, com segundas vozes próximas do rock FM.
Numa altura em que fazer música que traga consigo algo de novo, personalizado e coerente é uma premissa que não acompanha a maioria das bandas actuais, julgo que é justo fazer sobressair este trabalho dos Three da amálgama de discos que nos entram pelos ouvidos quase diariamente sem nada acrescentarem.
A sonoridade refrescante e original que a banda consegue atingir num meio nem sempre dado a grandes mudanças é um facto a registar, tanto mais que já não são nenhuns novatos nestas andanças, sendo o seu primeiro registo discográfico datado de 1998.
Apresentando um som polirrítmico onde sobressaem riffs rápidos e melódicos de guitarra acústica como em “The World is Born of Flame” e “The End is Begin” (que apresenta um cheirinho de guitarra flamenco) e uma percussão acente na dinâmica propulsora dos breaks da bateria lado a lado com poderosas linhas de baixo (“Battle Cry”;“My Divided Falling”), os Three não deixam de fora alguns dos tiques distintos do género, aparecendo também aqui as acrobacias vocais (“Shadowplay” e “The Last Play”, ambas com travo country) e as guitarras tipicamente heavy (“Serpents in Disguise” e “These Iron Bones”).
Na minha opinião, são mesmo as vocalizações demasiado doces (“Been to the Future” e “Bleeding Me Home” são disso exemplo) que se apresentam como o elemento menos forte da banda pois, apesar das inegáveis capacidades vocais, talvez falte a Joey Eppard um timbre mais forte e espesso para dar músculo às músicas.
Aqui a estrutura recorrente de quase toda a música actual “verso, refrão, verso, ponte, refrão” não se aplica automaticamente, embora os Three nunca deixem a faceta experimental atingir os limites, o que se constata na duração das músicas, que anormalmente para este tipo de som se mantêm quase todas na casa dos quatro minutos.
“All That Remains” é uma música harmoniosa e cativante, negra mas ao mesmo tempo encorajadora. Deixa-nos a trautear a melodia muito para lá da audição do tema. Já “Diamond in the Crush” é mais tipicamente rock, suportada por uma base rítmica galopante que permite às guitarras assumirem o papel principal. Em “Live Entertainment” descobrimos uma piscadela de olho a públicos não tão sintonizados com com este tipo de música e somos presenteados com uma música linear, com segundas vozes próximas do rock FM.
Numa altura em que fazer música que traga consigo algo de novo, personalizado e coerente é uma premissa que não acompanha a maioria das bandas actuais, julgo que é justo fazer sobressair este trabalho dos Three da amálgama de discos que nos entram pelos ouvidos quase diariamente sem nada acrescentarem.
Edgar Ribeiro (edribeiro@clix.pt)
No comments:
Post a Comment